quinta-feira, janeiro 21, 2010
Allgemein - 20/01/2010
Boring day at work, sehr langweiliger Tag bei der Arbeit. Mas pelo menos em menos de 48 horas estou no avião rumo às férias. Almoço leve com Edu e Fanta, sem aquela loucura da turma inteira. Às vezes é bom, mais silencioso e sem as mesmas piadas e papos de sempre. Notebook Cícero, o Moleskine brasileiro - é a mesma coisa, só que a metade do preço e a metade do glamour. Vejamos como saíra meu diário de viagem. Entrevista beeem curiosa na GV para o MBA, duvidoso. Dá meda investir em algo que não passa firmeza. Não nem só a questão da grana, mas o tempo que é necessario investir. Es muss sich lohnen. Melhor bolo de chocolate do mundo, mas só tomei um café apesar da simpatia da garçonete - quase me convenceu a ir no sem açúcar. Taxista louco, dirige mal e não liga o ar condicionado. Ah, e comprei Os Maias!
terça-feira, janeiro 19, 2010
Expectativa
Contagem mais do que regressiva para nossa viagem de férias - Alemanha, Marrocos e Egito. Mais do que tudo, estou animado com Marrocos e Alemanha. Vai ser o máximo. O Marrocos me parece bem misterioso, cheio de estímulos, cheiros, sons, imagens. A Alemanha vai ser voltar para casa de alguma forma, rever tudo, ver como as coisas estão - vai ser emocionante. Nossa saída de lá foi um mixto de alegria e tristeza, certeza de estar deixando algo muito especial que construímos. Tudo aquilo lá continua nosso de alguma forma, as ruas, o clima, a vida que tivemos, cada canto da cidade que aprendemos a gostar um dia após o outro. Rever amigos também - já temos vários encontros arranjados, vamos visitar os queridos. Quero andar bastante ela cidade, chegar próximo aos 2 rios, visitar nossa ex-casa, ver como está a rua e o prédio. Quem será que mora lá hoje? Quem quer que seja encontrou um apartamento bem cuidado e cheio de energia positiva - a casa foi bem frequentada, amigos nos visitaram, assim como a família, uma ou outra festa, mas principamente eu e Vi curtindo nossa cozinha e a privada trono. Vou querer comer Marmorkuchen, Döner Kebab no Istambul, Kürbiskernbrötchen, Bratwurst, Kuchen und Kaffee, chocolates na loja fantástica de Heidelberg, beber Riesling, Hefeweizenbier lá do Domhof. Se der visitar Weinheim, aquele lugar é especial - 1o lugar da Vi lá, 1o jantar juntos que curtimos numa noite sem nuvens, clara e quente, com vista para os castelos. Quero rever principalmente o Pascal, tenho saudades do astral e da leveza mal humorada dele. Espero que esteja bem, gostei muito que ele ligou. Preciso pegar leve com Andreas e Yiyi, não me estressar.
A mala já está iniciada, separei as roupas que vou levar, mas não achei alguns dos artigos de inverno... saco. Tenho que procurar melhor, sem a Vi não acho nada. Cortar o cabelo e visitar meus pais, últimas missões pré-viagem ($$$ já comprei).
Me chamaram para uma entrevista no MBA da GV, lembrei agora. Tô bem em dúvida se devo fazer.
A mala já está iniciada, separei as roupas que vou levar, mas não achei alguns dos artigos de inverno... saco. Tenho que procurar melhor, sem a Vi não acho nada. Cortar o cabelo e visitar meus pais, últimas missões pré-viagem ($$$ já comprei).
Me chamaram para uma entrevista no MBA da GV, lembrei agora. Tô bem em dúvida se devo fazer.
quinta-feira, janeiro 14, 2010
Diários de Bicicleta
É o nome do livro que o David Byrne, ex-Talking Heads, escreveu sobre suas experiências à bordo de sua bicicleta dobrável. Ele usa a bicicleta como seu principal meio de transporte há décadas em Nova York, cidade onde vive, e nas cidades em que passa fazendo turismo ou a trabalho. Ele também tem como hábito escrever uma espécie de diários de viagens, relatando suas percepções dos lugares que passa - os comentários vão desde a personalidade das cidades, como as pessoas se socializam, até a natureza e fauna do lugar, como com os morcegos de Sidney - na maioria das vezes pedalando. O livro é uma coletânea de alguns destes textos e foca algumas cidades que passou - "Comecei aos poucos e me senti muito bem, mesmo aqui nesta cidade. Passei a me sentir mais livre e bem disposto... A mesma sensação de liberdade que experimentei em Nova York me acompanhou enquanto eu pedalava por várias das maiores capitais do mundo." "Esse ponto de vista - mais rápido que uma caminhada, mais lento que um trem e muitas vezes ligeiramente mais elevado do que uma pessoa - passou a ser minha janela panorâmica em grande parte do mundo ao longo dos últimos 30 anos - e continua sendo."
Gostei muito do 1o capítulo, com textos sobre cidades americanas e sua transformação com o passar dos tempos. De forma geral, aconteceu com muitas delas o mesmo que em São Paulo - decisões erradas deram prioridade ao "progresso", aos carros, à construção de mega-avenidas, soluções que tornaram a cidade mais dura e difícil de viver. São Paulo não é definitivamente uma cidade simpática aos ciclistas ou mesmo aos pedestres - dirigi-se muito rápido, os carros tem prioridade sobre os pedestres ao cruzar ruas mesmo existindo faixas, as pessoas são agressivas e acham que tem mais direitos que as outras. Ele comenta que muitas cidades costumam ter uma via expressa ao longo das margens de seus rios, essas áreas costeiras foram vistas como o local ideal para construi-se avenidas largas e rápidas. Como consequência, pouco a pouco, os rios foram ficando poluídos, os bairros próximos a estas avenidas foram virando bairros fantasmas que se desvarolizaram - e se perdeu o contato das pessoas com os rios. É o caso da Marginal Pinheiros e Tietê (principalmente). Quem costuma passar por elas tem consciência da degradação que tomou conta dos seus bairros vizinhos, pessoas que antes moravam próximas ao rio tiveram que sair destes bairrose procurar outros lugares. O Evandro Carlos Jardim comentou que morava antes na atual Avenida João Dias, que antigamente era uma rua tranquila em um bairro afastado, onde se ia a pé para o Pinheiros pescar ou caminhar. Era uma várzea - hoje uma avenida movimentada e barulhenta 24 horas por dia. Para piorar nossa situação, o governo do estado resolveu construir mais 6 pistas extras na Tietê. O trânsito melhorará, facilitando a vida de muitas pessoas, mas vamos ficando cada vez mais distantes de recuperar o rio - ao menos o projeto de compensação ambiental é excelente, o maior do Brasil como dizem, com mais compensação do que o exigido por lei.
Algumas cidades estão mudando, vide o caso de Bogotá. Prioridade aos pedestres e ciclistas, ao transporte coletivo. Estive lá em 2009 e pude ver esta mudança - muitas pessoas usando bicicletas, respeito, educação. O mesmo vai acontecendo a passos lentos em São Paulo, o secretário do verde e meio ambiente, Eduardo Jorge, é sério e ele mesmo um ciclista. Bicicletários, transportar bicicleta no metrô e trens, ciclovias (ainda mirradas), ciclo faixa ligando os parques do Ibirapuera e do Povo. Há também agora forte investimento em transporte coletivo, vide o Expansão São Paulo. Há esperança, a tendência no longo prazo é que as coisas melhorem.
Gostei muito do 1o capítulo, com textos sobre cidades americanas e sua transformação com o passar dos tempos. De forma geral, aconteceu com muitas delas o mesmo que em São Paulo - decisões erradas deram prioridade ao "progresso", aos carros, à construção de mega-avenidas, soluções que tornaram a cidade mais dura e difícil de viver. São Paulo não é definitivamente uma cidade simpática aos ciclistas ou mesmo aos pedestres - dirigi-se muito rápido, os carros tem prioridade sobre os pedestres ao cruzar ruas mesmo existindo faixas, as pessoas são agressivas e acham que tem mais direitos que as outras. Ele comenta que muitas cidades costumam ter uma via expressa ao longo das margens de seus rios, essas áreas costeiras foram vistas como o local ideal para construi-se avenidas largas e rápidas. Como consequência, pouco a pouco, os rios foram ficando poluídos, os bairros próximos a estas avenidas foram virando bairros fantasmas que se desvarolizaram - e se perdeu o contato das pessoas com os rios. É o caso da Marginal Pinheiros e Tietê (principalmente). Quem costuma passar por elas tem consciência da degradação que tomou conta dos seus bairros vizinhos, pessoas que antes moravam próximas ao rio tiveram que sair destes bairrose procurar outros lugares. O Evandro Carlos Jardim comentou que morava antes na atual Avenida João Dias, que antigamente era uma rua tranquila em um bairro afastado, onde se ia a pé para o Pinheiros pescar ou caminhar. Era uma várzea - hoje uma avenida movimentada e barulhenta 24 horas por dia. Para piorar nossa situação, o governo do estado resolveu construir mais 6 pistas extras na Tietê. O trânsito melhorará, facilitando a vida de muitas pessoas, mas vamos ficando cada vez mais distantes de recuperar o rio - ao menos o projeto de compensação ambiental é excelente, o maior do Brasil como dizem, com mais compensação do que o exigido por lei.
Algumas cidades estão mudando, vide o caso de Bogotá. Prioridade aos pedestres e ciclistas, ao transporte coletivo. Estive lá em 2009 e pude ver esta mudança - muitas pessoas usando bicicletas, respeito, educação. O mesmo vai acontecendo a passos lentos em São Paulo, o secretário do verde e meio ambiente, Eduardo Jorge, é sério e ele mesmo um ciclista. Bicicletários, transportar bicicleta no metrô e trens, ciclovias (ainda mirradas), ciclo faixa ligando os parques do Ibirapuera e do Povo. Há também agora forte investimento em transporte coletivo, vide o Expansão São Paulo. Há esperança, a tendência no longo prazo é que as coisas melhorem.
quarta-feira, janeiro 06, 2010
Trem noturno para Lisboa
Terminei este livro. O comprei na Livraria da Vila na Alameda Lorena, que mais parecia um forno com frangos suando dentro. Um atendente me ofereceu ajuda, me viu em frente a uma mesa com livros, acho que pensou que eu estava perdido ou sei lá, mas na verdade estava lá porque era o lugar mais fresco da loja - a saída do ar condicionado era bem ali, fiquei uns 10 minutos.
Adorei o nome, imaginei a protagonista no trem indo para Lisboa e imaginei o que a viagem representa. Li a orelha - o autor é um Suiço que vive em Berlin. Resolvei comprar e gostei muito, principalmente do 1o capítulo. É o melho início de livro que já li, curto, direto, instigante, curioso. O livro inteiro é muito bom, mas o autor poderia ter resolvido a questão do 1o capítulo, isso ele deixou em aberto. Ficarei pra sempre pensando neste mistério mal resolvido.
Adorei o nome, imaginei a protagonista no trem indo para Lisboa e imaginei o que a viagem representa. Li a orelha - o autor é um Suiço que vive em Berlin. Resolvei comprar e gostei muito, principalmente do 1o capítulo. É o melho início de livro que já li, curto, direto, instigante, curioso. O livro inteiro é muito bom, mas o autor poderia ter resolvido a questão do 1o capítulo, isso ele deixou em aberto. Ficarei pra sempre pensando neste mistério mal resolvido.
Allgemein - 06/01/2010
Comentei com a Lygia que estive na casa do Evandro Carlos Jardim. O marido dela é crítico de arte, professor da Unesp, autor de livros etc. Os dois são ótimos, falam pelos cotovelos, super inteligentes, antenados, interessados. Ela esteve na Alemanha em 2008 estudando em Berlin, bem bacana, adora a língua alemã. Ele é humilde, bom papo, simpático. Ela comentou um pouco sobre o processo de criação de gravuras, que a técnica e o processo para chegar na forma com que a tinta sai do metal e é impressa no papel é que interessa ao artista. No meu caso - leigo - o que conta é a beleza da imagem em si.
Corri ontem no Ibirapuera. Vi um casal de 2 homens, jovens bem jovens na verdade, andando por caminhos escondidos, curtindo uma sacanagem. Deviam ir para um motel, apesar de que fazer estas coisas em público também é interessante. Se tinham 18 anos é muito. Já dizia John Legend: "let's go to the park, i wanna kiss you underneath the stars, maybe we go too far, we just don't care". O parque estava demais - cheio, bastante gente correndo e andando de bicicleta, crianças também. O lago estava fedido dessa vez, o que é bem anormal no Ibirapuera - talvez seja a mistura das chuvas sem fim com o calor de maçarico. Haviam gringos rodando - 2 mulheres falando acho que alemão, um casal de mochila e guia na mão, provavelmente descobrindo as coisas do Niemayer. Às vezes esquecemos o quão interessante deve ser caminhar por São Paulo como turista, explorando-a. A cidade é dura, difícil de se locomever, barulhenta e outros adjetivos, mas é bem curiosa, cheia de contrastes, cultura, gente. Li na folha que a Marina Lima está se mudando para cá, deixando o Rio. Saiu de uma cobertura na Lagoa enorme, foi para um apê pequeno (menor talvez, mas não pequeno) em Ipanema. Agora está se redescobrindo, quer vir para cá, acha que crescerá mais, que terá mais troca, o que estimula o processo criativo. "Agora, vou sair para viver. Quero começar minha vida. Recomeçar de outro ponto, em outro lugar. Tem um "começar de novo" nisso, mas tem também um continuar. Quando quis estudar guitarra, fui para São Paulo. Quando quis entender a linguagem dos computadores, fiz a mesma coisa. A cidade me atrai. É como se estivesse me mudando para outro país que fala a mesma língua.".
No domingo fui à missa na Catedral de São Bento. Não sou religioso, aliás este é um tema bem mal resolvido para mim. Mas a missa estava linda, com os cantos gregorianos. A igreja é belíssima e aconchegante ao mesmo tempo. O centro de domingo é meio sem graça - muitos mendigos e desocupados, alguns grupos fazendo turismo com guia, bastante gente na missa. O viaduto Santa Efigênia é bem bonito também, o piso dele é bonito, quando o vemos passando por baixo não imaginamos que tenha um piso assim. Não é só o centro que está vazio, mas a cidade inteira. O trânsito está tranquilo, as pessoas menos agressivas. Carro, trânsito e motoristas é uma combinação que não dá muito certo na minha opinião - os carros são barulhentos e estimula a agressividade das pessoas que acham que tem mais direitos que as outras, o trânsito torna-nos ainda mais impacientes e agressivos, mas no final tudo é nossa culpa. Uma moça estava de bicicleta indo ao trabalho, equipada e tranquila de capacete - a vi 2 vezes, de manhã e indo embora. Certa está ela. Pena que pegou chuva, mas acho que ela não deve ligar pra isso.
Hoje é dia de reis. Ouvi na rádio Eldorado que é a data da celebração do nascimento de Jesus Cristo. Dizem que a data é celebrada no interior de São Paulo, Paraná, Rio, Minas e Espírito Santo. Me lembro de ver uma vez a celebração em Campinas, na rua da minha avó. Um homem foi entrevistado, disse que eles visitam as casas para a adorar o presépio, que tem uma música para cada personagem.
Corri ontem no Ibirapuera. Vi um casal de 2 homens, jovens bem jovens na verdade, andando por caminhos escondidos, curtindo uma sacanagem. Deviam ir para um motel, apesar de que fazer estas coisas em público também é interessante. Se tinham 18 anos é muito. Já dizia John Legend: "let's go to the park, i wanna kiss you underneath the stars, maybe we go too far, we just don't care". O parque estava demais - cheio, bastante gente correndo e andando de bicicleta, crianças também. O lago estava fedido dessa vez, o que é bem anormal no Ibirapuera - talvez seja a mistura das chuvas sem fim com o calor de maçarico. Haviam gringos rodando - 2 mulheres falando acho que alemão, um casal de mochila e guia na mão, provavelmente descobrindo as coisas do Niemayer. Às vezes esquecemos o quão interessante deve ser caminhar por São Paulo como turista, explorando-a. A cidade é dura, difícil de se locomever, barulhenta e outros adjetivos, mas é bem curiosa, cheia de contrastes, cultura, gente. Li na folha que a Marina Lima está se mudando para cá, deixando o Rio. Saiu de uma cobertura na Lagoa enorme, foi para um apê pequeno (menor talvez, mas não pequeno) em Ipanema. Agora está se redescobrindo, quer vir para cá, acha que crescerá mais, que terá mais troca, o que estimula o processo criativo. "Agora, vou sair para viver. Quero começar minha vida. Recomeçar de outro ponto, em outro lugar. Tem um "começar de novo" nisso, mas tem também um continuar. Quando quis estudar guitarra, fui para São Paulo. Quando quis entender a linguagem dos computadores, fiz a mesma coisa. A cidade me atrai. É como se estivesse me mudando para outro país que fala a mesma língua.".
No domingo fui à missa na Catedral de São Bento. Não sou religioso, aliás este é um tema bem mal resolvido para mim. Mas a missa estava linda, com os cantos gregorianos. A igreja é belíssima e aconchegante ao mesmo tempo. O centro de domingo é meio sem graça - muitos mendigos e desocupados, alguns grupos fazendo turismo com guia, bastante gente na missa. O viaduto Santa Efigênia é bem bonito também, o piso dele é bonito, quando o vemos passando por baixo não imaginamos que tenha um piso assim. Não é só o centro que está vazio, mas a cidade inteira. O trânsito está tranquilo, as pessoas menos agressivas. Carro, trânsito e motoristas é uma combinação que não dá muito certo na minha opinião - os carros são barulhentos e estimula a agressividade das pessoas que acham que tem mais direitos que as outras, o trânsito torna-nos ainda mais impacientes e agressivos, mas no final tudo é nossa culpa. Uma moça estava de bicicleta indo ao trabalho, equipada e tranquila de capacete - a vi 2 vezes, de manhã e indo embora. Certa está ela. Pena que pegou chuva, mas acho que ela não deve ligar pra isso.
Hoje é dia de reis. Ouvi na rádio Eldorado que é a data da celebração do nascimento de Jesus Cristo. Dizem que a data é celebrada no interior de São Paulo, Paraná, Rio, Minas e Espírito Santo. Me lembro de ver uma vez a celebração em Campinas, na rua da minha avó. Um homem foi entrevistado, disse que eles visitam as casas para a adorar o presépio, que tem uma música para cada personagem.
segunda-feira, janeiro 04, 2010
Evandro Carlos Jardim
Comprei no final de 2009 nossa primeira obra de arte (acima). É uma gravura do Evandro Carlos Jardim, gravurista paulistano e professor da USP. Descobri que comprar arte não é um bicho de sete cabeças, que não há necessidade de ter medo de visitar galerias, bisbilhotar. Essa primeira não foi em uma galeria, foi direto no estúdio dele. É um senhor já idoso, entre 70 e 80, vive na Chácara Santo Antônio - é bem perto da Avenida Santo Amaro e mesmo assim muito tranquilo, uma casa agradável em uma rua pacata, arborizada, assim como a casa. O estúdio fica nos fundos, na edícula. É simples e com um janelão de vidro enorme que cobre toda a lateral que dá para o quintal. Ele é muito, muito gentil. Fala baixo, é atencioso, conversa no seu tempo. Ativo, está ainda produzindo pra burro, abriu as gavetas para vermos (eu, Cris e Fernando - cunhados) as diversas gravuras que ele tem. Uma mais bonita que a outra, muitas realmente. Dá vontade de levar tudo, na verdade dá mais vontade de ficar lá, em um cantinho, vendo ele trabalhar, observando, vivendo o processo criativo. Ele está pintando uma tela pequena já há uns 6 meses, disse que demora até a tinta secar, saltar para a frente da tela, que o lilás que víamos ficará amarelo em 1 ano. Processo paciente, de quem está olhando para o futuro, para a frente, pensando no que vai produzir (tem idéias de mais aulas, livro, exposição Masp). Vejo muitos anos de vida e lindas idéias.
Evandro no atelier -foto de © Luiz Machado
2010
Muito triste este início de ano no Brasil. Chove muito, desabamentos, casas e pessoas soterradas. É tocante ver os casos de diversas famílias em Angra e outras cidades em que vários membros estão morrendo. Essa virada de ano irá marcar a vida delas para sempre. Deve ser difícil imaginar não poder conviver mais com uma pessoa que se vai, não tê-la mais ao lado, imagine várias então. Que pare de chover e a vida retome seu rumo.
No meu início de ano já aprendi bastante - o 1o dia não foi dos mais agradáveis, muito mais por minha causa do que por um evento em si, alguma outra pessoa ou um problema inesperado. 1 da foi suficiente, foi mais aprendizado que o ano passado inteiro. Tento ver pelo lado positivo, já posso com isso repensar algumas coisas, rever esse meu comportamento estranho, imaginar como mudá-lo para não mais ser tão negativo.
As realizações de ano novo que fiz para mim são várias e bastante desafiadores. Mas gosto delas, são otimistas, alegres:
No meu início de ano já aprendi bastante - o 1o dia não foi dos mais agradáveis, muito mais por minha causa do que por um evento em si, alguma outra pessoa ou um problema inesperado. 1 da foi suficiente, foi mais aprendizado que o ano passado inteiro. Tento ver pelo lado positivo, já posso com isso repensar algumas coisas, rever esse meu comportamento estranho, imaginar como mudá-lo para não mais ser tão negativo.
As realizações de ano novo que fiz para mim são várias e bastante desafiadores. Mas gosto delas, são otimistas, alegres:
- Fazer aula de piano
- Aprender uma nova língua, francês provavelmente
- Ser mais tolerante, tranquilo
- Melhorar o humor
- Continuar malhando e cuidando do corpo
- Fazer uma meia maratona
- Fazer dança de salão
- Escrever um livro
- Iniciar um MBA
- Ir para a Bahia com a Vivian
- Tentar escrever com frequência no blog, exercitar a escrita
- Descobrir ou desenvolver ou conectar-me com minha espiritualidade e religiosidade
- Ser mais atencioso com os amigos, menos preguiçoso e mais esforçado na manutenção das amizades
- Ler os Maias, de Eça de Queirós
- Pendurar na parede os quadros que estão no chão desde a nossa mudança
- Assistir a um ou mais concertos na Sala São Paulo
- Ouvir música clássica
- Ter um filho
A numeração não trata de prioridades ou importância. A mais importante é ter um filho, quaso rolou ano passado, pena que não vingou. Hoje, 1o dia útil do ano, já iniciei algumas delas. A ver.
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